terça-feira, 27 de outubro de 2009

A COBRANÇA

Capitulo 1 – O telefonema
Sim!!! Sim!!! Sim!!! Poderia ter acontecido a qualquer um. O esquecimento é humano. Naquele dia sentiu que o chefe lhe falara de uma forma estranha. Nem sequer contou a piada do costume. Sim! Sim!!! Sim!!! O Chefe dizia sempre uma piada ao telefone… OK!!! OK! As piadas eram fracas… mas o chefe contava-as como se fossem as melhores do mundo. Mas passemos à História… Nem uma piada!!!! Ainda por cima, pelo tom da voz, parecia que lhe tinham ido a algum sítio e não lhe pagaram.
A sua cabeça estava a tentar perceber o que se estava a passar que saiu tão depressa que se esqueceu da carteira e das chaves. Sempre a mesma coisa. Esqueço-me sempre destas coisas. Mas hoje é que não podia ter acontecido… Logo hoje que o chefe está mais que chateado. Se calhar a mulher não quis nada com ele.... Desceu as escadas de uma só vez… Em 30 segundos desceu pelas escadas os 4 andares do prédio onde morava. Talvez tenha descoberto o que se passara há três anos… Não… não me parece… Não passou de uma bem dada…. OK… OK… deve ser mesmo outra coisa. Tentou afastar os seus pensamentos Saí de casa e reparei que teria ir a pé, levaria cerca de uma hora a chegar ao destino ou apanhava o autocarro que poderia demorar muito mais.- Grandessíssima foda. Estou fodido.
Capitulo 2 – O Atraso
O Gajo está mesmo fodido! Nunca vi o chefe tão chateado! Ainda por cima o gajo está a demorar muito tempo a chegar. Já se passaram duas horas e nada. Será que o Gajo deu à Soleta? Hiiiiiiii!!! Granda chatice! Ainda Vai sobrar para mim. O Chefe aproximava-se. Tinha aquele ar de penico mal limpo. Diria mais… de sanita acabadinha de ser usada por um diarreico. Mas um diarreico com uma diarreia em último grau. Daquelas que salpicam tudo!
- Vist’o Cabráo??? Foda-se. Olhou para mim com aquele ar de que me ia tramar naquele momento. E assim foi. Parece que tenho um servicinho para Ti.
Logo vi… tinha mesmo que sobrar para mim. Afinal o que é que aquele gajo fez hoje??? Merda… tantos gajos a trabalhar para o chefe teve de me calhar este broche. Estava mesmo, mesmo a pensar que desculpa ia dar para não ter que fazer o servicinho quando, com se tratasse de pura magia, o Gajo aparece a correr. Estava todo suadinho… parecia que alguém lhe tinha mijado em cima. Olhou para mim com ar de paneleiro… o gajo estava à rasca. O Chefe??? Perguntou-me! O Chefe olhava-o de braços cruzados a uma distância de uns 7 metros. Armany dirigiu-se para o Chefe e parou a uns 30 centímetros deste.. Este apenas indicou a porta do escritório e lá foram os dois. Antes o chefe dissera para esquecer momentaneamente o seu mandado. Chiça penico… acho é que vou beber um granda café!

Capitulo 3 – O Problema

O chefe andava de um lado para o outro… parecia mesmo uma barata tonta… só faltava mesmo as antenas. Naquele momento pensei que talvez tivesse algo a ver com a gaja… tinha de negar tudo… tinha mesmo de negar tudo. Ainda não sabia como… mas sabia que haveria de se sair bem daquilo tudo! O mais importante era safar-se. Ainda não sabia como… mas eis que o chefe pára e olha para mim! Sorri!!! Pela primeira vez sorri. Foi apenas uma questão de segundos. Tosse!!! Um charuto acende-se na boca. Como é que correu a cobrança de sexta-feira?... Ufa… Foi um momento de alívio. Maior do que quando temos prisão de ventre e não conseguimos defecar durante dias inteiro e num dado momento conseguimos. Olarila… O Chefe está a falar da cobrança de Sexta-Feira??? – Olhei para o chefe de frente. Nos Olhos. Talvez tenha sido um dos momentos mais perfeitos da sua carreira de cobrador de dividas difíceis. Diria mesmo que talvez tenha sido 99,99% perfeita. Cheguei a casa do caloteiro e em trinta minutos tinha o dinheiro e limpara a sociedade de mais um caloteiro. Derretido literalmente. Nunca mais…

Capitulo 4 – A Cobrança

Estava a acabar de beber o café quando me bateram à porta. No inicio achei estranho tocarem-me à campainha aquela hora. Por momentos pensei talvez fossem os miúdos a brincar… Mas não!!! Lá me voltaram a bater à porta. O que antes era um toque de campainha de rua passou a ser um som seco de mão contra a madeira da porta. Um soco seco sobre a madeira da fraca porta. Disse que não queria comprar nada. Que se fossem embora. Naquele momento estava a ordenar o dinheiro para pagar a prestação da minha divida para com o gajo… depois desta só faltava mais uma… Ok… estava atrasado um dia… Nada que fosse problemático. Mais uma vez bateram à porta… desta vez batiam com mais força… Talvez fossem os cobradores de dívidas… Corri para vestir a camisa quando a porta entrou literalmente toda pelo meu apartamento adentro. Por um pouco não me esborrachava contra a parede. A mesa onde estava poisada a massaroca toda voou, espalhando-a pela sala.
Entrou um gajo todo suado, OK!!! Vestido de Armani… Mas todo suado… parecia quelhe tinham mijado em cima! Vinha acompanhado de dois pretos vestidos de fatos macaco!
O gajo Armani que deveria ser o chefe gritou… Acho que sim!!!!… gritou… Estás fodidinho da silva!!! Vais levar tanto nesse cú que não vais andar durante uns anos valentes!!! Vais pagar caro. Olhou para o chão e disse aos acompanhantes… Contem a massa. O Armani deu-me uma coronhada na cabeça e ficou tudo preto.
Luz… Primeiro via aluz… Depois comecei a ter noção das cores… O Vermelho escorria pelos meus olhos… Acordei sentado numa das cadeiras e apontado à minha testa estava um revolver, que se disparasse faria um buraco que permitiria a qualquer um ver o que se passava atrás de mim. No inicio pensei que não passava de um mal entendido… Caramba só passara um dia! Estava descansado pois tinha o dinheiro suficiente. Não havia precisão para uma acção daquelas. Eu sei que estou atrasado. Mas caramba. Mal acabaram de contar o dinheiro um dos pretos falou ao ouvido do gajo Armani. O Gajo Armani suado olhou para mim com um ar de gozo total. Falta dinheiro… neguei… contem outra vez… talvez algum dinheiro tenha voado. A janela está aberta e… naquele momento pareceu-me uma brincadeira estúpida… uma partida de muito mau gosto… Então o Gajo está feliz por faltar dinheiro???
Porra… mal sabia que o meu tempo se esgotara naquele momento… porque é que nunca tinha apalpado a vizinha do lado… era só uma vez… OK!!! o meu prazo ditado pelo criador chegara ao fim. Tudo o que vos contaram ou leram sobre as torturas no Tarrafal, face ao que eu passei, parecerão histórias de adormecer. Acabei da pior maneira… sumi. Nada… absolutamente nada sobrou de mim.

Capitulo 5 – Não aguentou.

Chefe… Foi mesmo necessário rebentar com a porta… Batemos duas vezes e o gajo nada!!! De certeza que o cabraão de merda se preparava para fugir. Apanhámos o o filho da puta a contar o dinheiro. Como não tinha todo o paneleiro julgava que podia dar à soleta!!!… enganou-se… pagou… e pagou todo o santo dinheirinho aos poucos…foi perdendo partes do seu corpo aos poucos…. uma coisa é certa… o cabraão não se desarmou… não deu á língua…. Naquele momento surgiu-me um trocadilho… daqueles que o chefe gosta… Heheheh… deu a língua… parei e olhei para o chefe que olhava para mim com a mesma cara que tinha quando eu cheguei… mau Maria… não riu??? Porra!! Será??? Puta!!! Mas continuei a contar… O Caralho do Gajo foi valente… mesmo depois de não ter os dedos das mãos, dos pés, de termos tostado as duas bochechas na chapa do seu fogão… o filho da puta … mal se percebiam as palavras do gajo… também sem língua é difícil…mas o paneleiro ainda resistiu… dizia que o dinheiro estava todo e que era apenas um dia de atrazo… que os juros estavam lá… o gajo ou era estúpido e não sabia fazer contas ou era um mentiroso da gaita e que se enganava a ele próprio. Dei-lhe uma cabeçada na boca e o o cabraão de merda ficou sem nariz… Enfim… aquilo pelo qual o gajo passou, só uma barata, que teimosamente acabou por ficar a assistir a tudo, os meus dois homens que fizeram o servicinho comigo e eu é que tivemos o privilégio de ser os actuantes e testemunhas ao mesmo tempo. Aquele paneleiro de merda nunca mais vai enganar mais ninguém… é que se o paneleiro de merda falasse a verdade… talvez só tivesse perdido os dedos… mas não… armado em totó e a mentir com todos os dentes que tinha… hihihi o cabrão ficou sem nenhum… os que sobraram da cabeçada arranquei-os com um alicate que me acompanha sempre. O Gajo ainda por cima começou a vacilar… mas teimava que não!!! Que tinha o dinheiro todo… que não devia mais…. Enfim … de repente começou a chorar que nem uma menina… maricas!!!… granda maricas!!! … O Chefe continuava com aquela cara de sanita… Já não sabia mais o que contar. Bem resumindo… não é que o gajo o gajo dá o último suspiro… Sim chefe… bateu literalmente as botas…deu um ai de merda e pimba… parou de respirar… se calhar deveria fazer-lhe respiração boca a boca… mas chefe o gajos nem língua tinha… era nojento… ainda lhe bati no peito… mas sinceramente nunca tive jeito para médico… o sangue faz-me impressão… ver gajos a sofrer não é comigo… mas o gajo foi-se…Fiquei a olhar para o meus homens e disse… vamos meter o gajo nos recipientes com acido sulfúrico… e lá fizemos o servicinho… limpámos a casa toda e não deixamos vestígios de nada… Eu até matei a barata…

O Chefe afastou a cadeira para trás. Levantou-se e zás deu-me um murro no nariz. Só senti a dor quando já sangrava abundantemente. Ainda disse oh Chefe e já estava a receber outro murro no meu penduricalho… Ok!!! aquele doeu… doeu como a merda…
Capitulo 6 – O Engano.
O chefe estava mesmo chateado com o Armani Guy… parece que o chefe julga que o gajo ficou com metade do dinheiro e deixou fugir o outro. Como é que não deixou nenhum vestígio??? O chefe estava vermelho…. Estava tão inchado que parecia que ia rebentar… o que é que esse paneleiro fazia na minha cama??? Armany encolheu os ombros… a resposta certa veio-me à cabeça.. o que todos os homens da empresa já o fizeram, incluindo ele…. Armany estava preso a uma cadeira… parecia um lombo no forno… com a corda enrolada à volta dele. Mentiroso! o Chefe olhava para ele… quanto então mataste o gajo… e o fantasma dele apareceu na minha cama… e não bastasse fodia-a… Quer dizer!!! lá foste ao Bairro Alto e Rua da Rosa, no 4 – 4º Andar e dizes que limpaste o gajo da terra e o Gajo aparece lá em casa…Granda maluco… O Chefe bufava. Do Armany saiam por todos os poro jorros de suor. Nesse momento Armany levantou a cara… o chefe disse nº 4??? O Chefe disse Nº4. Não era 44??? Carolhos me fodam se não fui ao 44!!! Mas… Chefe… está reolvido… enganei-me no gajo… mas porque é que o gajo não disse que não era ele??? Ó Chefe!!! o gajo era maluco… podia ao menos ter dito…
Tiro de pistola… Silêncio…

A voz do Chefe…limpem-me esta merda.

domingo, 11 de outubro de 2009


Uma foto do primeiro dia do primeiro fim de semana de dois com a pequena mais gira do mundo. A Mafalda quiz vestir este fato oferecido pelo meu grande amigo João Miranda. Durante o Fim de Semana não quiz vestir outra coisa. Como foi divertido o nosso primeiro encontro após 2 mêses de ausência.

Criação

A criação de um blogue que pretende ser apenas uma forma de me expremir. Resisti muito antes de tomar esta inicitaiva de criar um blogue, mas eis que pequei em dois dedos e paulatinamente comecei a dedilhar o teclado do meu portátil. OK!!! confesso que apenas sei usar os dois dedos para escrever textos no PC. Bom abreviando... quem tive a paciência de ver esta coisa... faça o favor de o fazer e seja bem vindo.